Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes, são produtos derivados do tabaco atualmente proibidos no Brasil. Durante a pandemia, esses dispositivos ganharam popularidade, especialmente entre os jovens.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa popularidade se deve ao fácil acesso ao mercado ilegal e à fase de experimentação com novidades, muitas vezes motivada pela busca por aceitação entre os amigos. A inalação de nicotina traz diversos riscos, especialmente quando iniciada na adolescência, podendo prejudicar o desenvolvimento cerebral e aumentar a vulnerabilidade a transtornos mentais.
Indivíduos que usam esses dispositivos regularmente relatam problemas cardíacos e mentais. Por exemplo, um jovem de 22 anos mencionou que começou a usar vape porque achava interessante e o efeito relaxante da nicotina ajudava a aliviar o estresse do trabalho. No entanto, com o tempo, desenvolveu um vício severo, enfrentando dores no peito e fadiga intensa.
Outra pessoa, aos 35 anos, começou por curiosidade, influenciada pela crença de que os vapes seriam menos prejudiciais que os cigarros tradicionais. No entanto, experimentou problemas de saúde como falta de ar, cansaço e ansiedade, levando-a a desejar parar de usar esses dispositivos.
A Anvisa proíbe rigorosamente a fabricação, comercialização e publicidade de vapes no Brasil devido à falta de estudos que garantam sua segurança. Recentemente, essa proibição foi reafirmada para todos os tipos de dispositivos eletrônicos, independentemente do modelo ou marca.
Os especialistas alertam que os vapes são altamente viciantes devido ao seu potencial de nicotina, podendo levar a sérios problemas de saúde como câncer de pulmão, doenças cardíacas e pulmonares. Portanto, é essencial que a população denuncie a venda ilegal desses produtos à Vigilância Sanitária e esteja consciente dos perigos associados ao seu uso.
Essa conscientização é crucial tanto para indivíduos quanto para comerciantes, que devem estar atentos às regulamentações para evitar a circulação desses produtos nocivos.