O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria nesta quinta-feira (29) contra a inelegibilidade de Braga Netto (PL), que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
O julgamento foi interrompido com o placar de 3 a 1 a favor da inelegibilidade de Bolsonaro por ter convocado uma reunião com embaixadores para repetir mentiras e ataques ao sistema eletrônico de votação.
Em relação ao general da reserva, porém, os quatro ministros que já votaram (Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares), de um total de sete integrantes do TSE, foram contra torná-lo inelegível.
Braga Netto é cotado para concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro na eleição municipal de 2024.
Faltam votar outros 3 integrantes do tribunal: Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. A sessão do TSE foi interrompida e será retomada nesta sexta-feira (30), a partir das 12h.
Falta apenas mais um voto para a formação de maioria pela inelegibilidade de Bolsonaro —dos quatro ministros que já votaram, apenas Raul Araújo foi contra nesse caso.
Sobre Braga Netto, todos os magistrados seguiram a posição do relator, Benedito Gonçalves, de que ele não teve envolvimento com o encontro com os representantes estrangeiros e, portanto, não deve ser condenado.
"Deixo também de declarar a inelegibilidade do segundo investigado, Walter Souza Braga Neto, em razão de não ter sido demonstrada sua responsabilidade para a consecução das práticas ilícitas comprovadas nos autos", disse.
O vice de Bolsonaro em 2018 foi Hamilton Mourão. Durante o mandato, porém, ele fez críticas ao então presidente e se distanciou dele. Bolsonaro, então, decidiu lançar um outro militar de sua confiança na disputa.
Folha de São Paulo