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18/06/2024 às 17:19

Três deputados do RN assinam pedido de abertura de “CPI do Arroz”

Três deputados federais do Rio Grande do Norte solicitaram a abertura de uma "CPI do Arroz" com o objetivo de investigar a decisão do governo federal de realizar leilões para a compra de arroz importado. Os parlamentares envolvidos são Paulinho Freire (União Brasil), General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL).

A iniciativa é liderada por membros da Frente Parlamentar da Agropecuária, incluindo o deputado Luciano Zucco (PL-RS). Na semana passada, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou o cancelamento do leilão para a importação de arroz.

O leilão, realizado em 6 de junho, tinha como objetivo garantir o fornecimento de arroz no país após as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, causando uma calamidade pública. A lista das empresas vencedoras gerou preocupação: das quatro ganhadoras, três não são especializadas em importação.

Até o momento, 143 deputados apoiam a proposta. Para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seja instaurada, são necessárias 171 assinaturas. Nesta terça-feira, 18, Neri Geller compareceu à Câmara dos Deputados para responder a questionamentos da Frente Parlamentar Agrícola, atendendo ao pedido de Tião Medeiros (PP-PR) e Coronel Meira (PL-CE).

Neri Geller, que ocupava o cargo de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, foi demitido pelo governo Lula após denúncias de fraude no leilão de arroz realizado pela Conab.

Preço do Arroz

A importação de arroz visa garantir o abastecimento e estabilizar os preços no mercado interno, que registraram um aumento médio de 14%, chegando a 100% em algumas regiões, após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. O estado é responsável por cerca de 70% do arroz consumido no país, e a produção local foi severamente afetada, tanto nas lavouras quanto nos armazéns, além dos problemas logísticos na distribuição.

Novo Leilão

O governo federal agora está elaborando um novo edital com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU), para garantir que a capacidade das empresas participantes seja analisada antes da operação.


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