Pacientes ostomizados do Rio Grande do Norte denunciam a falta de bolsas de colostomia fornecidas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e relatam situações de improviso extremo. Sem acesso ao item essencial há cerca de seis meses, muitos têm recorrido a sacolas de supermercado para substituir as bolsas coletoras.
“Estamos sem esse material há aproximadamente seis meses, sem bolsas coletoras. Algumas pessoas recebem, outras não. O material que está sendo usado está vencido desde novembro”, afirma a professora Adja Felipe, em entrevista à TV Tropical.
As bolsas de colostomia são fundamentais para pessoas que passaram por cirurgias e necessitam coletar urina e fezes por meio de um estoma. Sem o fornecimento adequado, a saúde e a dignidade dos pacientes ficam comprometidas. O custo elevado — cerca de R$ 280 por uma caixa com 10 unidades — torna a compra inviável para muitos usuários do SUS.
A aposentada Célia Dantas, que enfrenta um câncer na bexiga, relata os impactos do uso de um modelo inadequado: “Estou muito deprimida por conta disso, porque a que eu estou usando está me dando alergia, queima. Ela vaza xixi. Está faltando, e é cara”.
Diante da situação, pacientes realizaram uma manifestação em frente ao Centro Especializado em Reabilitação (CER), no bairro Tirol, Zona Leste de Natal. O grupo cobra do Governo do Estado a retomada urgente do fornecimento regular dos kits.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que está em fase final do processo de licitação para a aquisição dos materiais e que a distribuição dos kits será retomada assim que possível.