Uma clínica que deveria ser um abrigo para pessoas que lutam contra a dependência química tornou-se alvo de uma operação conjunta da Polícia Militar e do Ministério Público do Rio Grande do Norte, após denúncias de práticas de tortura e cárcere privado contra os internos. O indivíduo apontado como responsável pelo estabelecimento foi detido em flagrante pela equipe do 16º Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com informações da PM, a clínica estava operando em uma residência em Extremoz, na região metropolitana de Natal. A ação policial foi desencadeada a pedido do Ministério Público, que, após receber denúncias, solicitou a intervenção da polícia.
Com autorização para entrar no local, os policiais depararam-se com aproximadamente 20 pacientes pedindo ajuda. Durante a inspeção, foram descobertos instrumentos de tortura, incluindo uma arma de choque usada para subjugar os internos.
Além disso, as autoridades encontraram um animal silvestre sem a devida autorização e dois cachorros em situações de maus-tratos.
Dada a gravidade da situação, o delegado de Extremoz e os agentes do Centro de Acolhimento Social (CREAS) foram acionados e compareceram ao local.
O responsável pela clínica recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia de Extremoz para os procedimentos legais. A ação conjunta destaca a resposta determinada das autoridades contra práticas criminosas que atentam contra a integridade e dignidade das pessoas.