Uma mulher de 55 anos registrou uma queixa na Polícia Civil, alegando ter sido alvo de discriminação racial em um supermercado localizado na zona Oeste de Natal. A vítima, que é negra e costuma frequentar o estabelecimento, relatou que esta não foi a primeira vez que enfrentou tal situação ali, mas decidiu acionar a polícia após ser confrontada pela terceira vez, na manhã desta sexta-feira (5).
De acordo com o relato da mulher e sua filha, que é uma mulher, a mãe estava no supermercado pela manhã quando abordou um representante de uma empresa de hortifruti, que estava repondo os produtos nas prateleiras, para perguntar sobre a disponibilidade de determinadas verduras. A denúncia alega que o homem reagiu de forma grosseira e fez comentários de teor discriminatório. "Apenas por sua curiosidade, não vou responder", teria dito o funcionário, segundo a mulher, acompanhando a resposta com um sorriso irônico.
A mulher então ligou para sua filha para relatar o ocorrido. A moça se dirigiu ao local e ao confrontar o funcionário sobre o que havia sido dito, o homem se mostrou nervoso, alegando que estava apenas brincando e fornecendo um nome falso às mulheres que solicitavam providências no supermercado.
A filha, através das redes sociais, expôs o caso e afirmou ter informado a gerência do supermercado, mas decidiu também levar a situação à Polícia Civil. Ela questionou se o atendimento teria sido o mesmo caso ela, que é branca, estivesse presente. "Esta é a terceira vez que minha mãe enfrenta essa situação, e sempre quando estou ausente. Nas três ocasiões, ela estava fazendo as compras antes de mim, e quando eu chegava, nos deparávamos com respostas evasivas", acusou.