Jornalista brasileira é indiciada por pedir extermínio de palestinos em Gaza

A Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre (RS) concluiu o inquérito aberto para apurar as declarações da jornalista Aline Leal Fontanella Klemt, que defendeu a dizimação da população palestina da Faixa de Gaza. As falas ocorreram no dia 10 de outubro de 2023. Aline integra a bancada de comentaristas do programa Atualidades, que vai ao ar diariamente na TV Pampa

“Hoje, sinceramente, não tem outra forma, a não ser, realmente, dizimando uma população que acha que matar aleatoriamente tá tudo certo”, disse a comentarista na ocasião.

Aline, durante o interrogatório, não negou que tenha defendido dizimar uma população, mas que se referia “aos integrantes do Hamas”.

A delegada encarregada do caso, no entanto, contradiz a comunicadora, afirmando que “na gravação do vídeo é possível perceber, em um momento anterior, que a suspeita faz afirmações sobre uma ‘população’ que estaria sofrendo lavagem cerebral do grupo terrorista (sic) Hamas, ou seja, a suspeita faz uma diferenciação entre o grupo terrorista (sic) Hamas e uma população que sofreria lavagem cerebral por parte deste grupo”.

O departamento jurídico da FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil) continuará monitorando este caso, assim como outros similares em andamento nos tribunais brasileiros, especialmente no Rio Grande do Sul e em outros estados, todos iniciados a pedido da organização. Recentemente, o Ministério Público do RS também realizou a solicitação da inclusão dos registros criminais da acusada.

DCM