A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Natal apresentou crescimento pelo terceiro mês consecutivo em comparação ao ano anterior. Em fevereiro de 2025, o índice subiu 29,6% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de 66,3 para 85,9 pontos. Os dados são da pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com a população de Natal.
O aumento foi ainda mais significativo entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, cujo indicador cresceu 34,7%, subindo de 61,1 pontos em fevereiro de 2024 para 82,4 pontos em fevereiro de 2025. Este é o melhor resultado para essa faixa de renda desde maio de 2023.
De acordo com o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, “no levantamento realizado pela CNC em Natal, todos os sete indicadores que compõem a ICF mostraram crescimento ao comparar fevereiro de 2024 com fevereiro de 2025, acompanhando a tendência do índice principal. Esse movimento serve como estímulo para que os setores do Comércio, Serviços e Turismo desenvolvam novos produtos e atrativos para os consumidores natalenses”.
Entre os componentes do índice, o item “Perspectiva Profissional” teve o maior aumento, com uma alta de 56,9% em um ano. O indicador saltou de 66,3 para 104 pontos, superando pela primeira vez desde agosto de 2020 a marca de 100 pontos, que indica satisfação.
No cenário nacional, a pesquisa mostrou uma queda mensal de 0,2% no índice em fevereiro, atingindo 104,5 pontos após ajustes sazonais. Essa diminuição foi impactada principalmente pela redução no consumo de bens duráveis (-1,6% mensal e -4,8% na comparação anual), interrompendo a tendência de alta observada desde dezembro do ano passado. Em relação a fevereiro de 2024, a variação anual da ICF teve uma queda de 1,1%.
Ainda no contexto nacional, os dados da CNC indicam que as famílias com maior renda estão sendo mais cautelosas em seus gastos. Essa tendência também é observada entre aquelas que recebem menos de dez salários mínimos mensais: a intenção de compra caiu 0,5% e 0,2%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
O subindicador Perspectiva de Consumo, que avalia a percepção dos entrevistados sobre seu próprio consumo nos próximos três meses, também apresentou queda nos dois grupos: 2,2% e 1%, respectivamente.