Ao apresentador o voto, o relator disse que o julgamento não é sobre "a Operação Lava-Jato, seus personagens, acertos e erros", mas sobre os supostos desvios durante a pré-campanha de Moro. Segundo ele, o processo "tem relação com a política".
"Não se pode perder de vista que todo o processo aqui surge pela política. É muita ingenuidade acreditar que o investigado, atuando como juiz em grande operação de combate à corrupção, que afetou razoável parte do quadro político, ao sair da magistratura e ingressar no governo beneficiado eleitoralmente pela indicada operação, não seria atacado. [...] Que saindo desse governo atirando, não receberia retaliação futura", afirmou Souza.
O magistrado disse que não é possível chegar a um valor único que teria sido gasto pelo senador na pré-campanha, visto que os dois denunciantes, o MPE (Ministério Público Eleitoral) e a defesa de Moro apontam totais de gastos diferentes.