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15/09/2023 às 15:38

Cid diz ter dado dinheiro da venda de relógios em mãos a Bolsonaro

Reportagem da revista Veja publicada na 5ª feira (14.set.2023) afirma o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid declarou à Polícia Federal que entregou “em mãos” ao ex-chefe do Executivo o dinheiro obtido com a venda de 2 relógios nos Estados Unidos.

Os 2 relógios, um da marca Rolex e o outro da marca Patek Philippe, são presentes de delegações estrangeiras a Bolsonaro. De acordo com a Polícia Federal, as duas peças foram vendidas nos Estados Unidos por US$ 68.000. O Rolex foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Já o paradeiro do Patek Philippe é desconhecido.

De acordo com a Veja, Cid relatou à PF que:

- o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid;

- o dinheiro foi sacado em espécie e repassado “em mãos para ele [Bolsonaro]”;

- Bolsonaro estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”.

- Cid teria dito também que sabia que a venda poderia ser “imoral”, mas não “ilegal”.

A defesa de Bolsonaro afirmou em 18 de agosto de 2023 que “nunca recebeu valor em espécie de Cid referente à venda de nada”. O ex-presidente já havia dito em 17 de agosto que não “pegou dinheiro de ninguém”.

DELAÇÃO PREMIADA DE CID

O ministro do STF Alexandre de Moraes homologou em 9 de setembro o acordo de delação premiada do tenente-coronel. Cid deixou a prisão no mesmo dia. Ele estava preso havia 4 meses. Ele terá de cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Em entrevista divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo em 13 de setembro, Bolsonaro se disse “tranquilo” sobre a delação.

CARTÃO DE VACINA E PLANO CONTRA ELEIÇÃO

A Veja divulgou também o que seriam falas de Cid à PF sobre outros 2 temas:

- falsificação de cartões de vacinação– Cid disse que temia uma “perseguição” contra sua família pelo fato de eles não terem se vacinado. Afirmou que tinha medo que sua filha não pudesse ir à escola ou que sua mulher não pudesse entrar no mercado;

- plano para anular eleição de Lula em seu celular – o tenente-coronel chamou os documentos de “besteira”, que recebia esse tipo de material de “gente que defendia intervenção [militar]” e que isso não era repassado a Bolsonaro.

Poder 360


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