Imagem: Reprodução
12/11/2024 às 11:39

Cantora transexual e suplente de vereadora, é encontrada morta em Sinop; Polícia investiga ligação com Facção Criminosa

A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (11) que descartou a hipótese de transfobia como motivação para o assassinato de Santrosa, cantora transexual de 27 anos, encontrada morta em Sinop, a 503 km de Cuiabá, no domingo (10). O corpo da artista foi localizado decapitado, com mãos e pés amarrados, um dia após seu desaparecimento.

De acordo com o delegado Braulio Junqueira, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a principal linha de investigação indica que Santrosa poderia estar em conflito com a organização criminosa Comando Vermelho (CV) e, possivelmente, repassando informações a terceiros ainda não identificados. A polícia investiga se essas informações seriam direcionadas a uma facção rival ou até mesmo a autoridades.

Vale ressaltar que Santrosa foi candidata a vereadora nas eleições municipais de 2024 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Recebeu 121 votos e, atualmente, ocupava a posição de suplente, ou seja, estava em uma espécie de "lista de espera" para uma vaga na Câmara Municipal. Amigos próximos relatam que, desde a campanha, Santrosa demonstrava preocupações com o cenário político local.

Até o momento, nenhum suspeito foi identificado, e a Polícia Militar intensificou o policiamento em toda a região de Sinop. A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso informou que acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e está pressionando as autoridades para uma apuração rigorosa dos fatos e responsabilização dos envolvidos.

O caso

Santrosa morava com o pai e foi vista pela última vez na manhã de sábado (9), dia em que participaria de dois eventos. Ao retornar à residência por volta das 18h, o pai da artista encontrou a porta entreaberta, a casa revirada e alguns objetos desaparecidos.


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