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19/02/2025 às 16:00

Bolsonaro diz que delação de Mauro Cid é ‘fantasiosa’ e que nada o liga à tentativa de golpe

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emitiu uma nota na noite desta terça-feira, 18, contestando as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador-geral Paulo Gonet denunciou Bolsonaro como o líder de um suposto plano de golpe para se manter no poder após sua derrota nas eleições de 2022. Os advogados do ex-presidente afirmam que não existem evidências que o liguem a essa trama.

Um dos pontos levantados pela defesa é que, mesmo após a apreensão dos telefones de Bolsonaro, não foram encontradas mensagens relacionadas ao alegado plano golpista. 

“Apesar dos quase dois anos de investigações – durante os quais foi alvo de extensas diligências, incluindo medidas cautelares invasivas e até a custódia preventiva de apoiadores próximos – não foi encontrado nenhum elemento que conectasse minimamente o presidente à narrativa apresentada na denúncia”, afirma a nota.

Os advogados também destacam que a denúncia se baseia no acordo de colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que a defesa considera “fantasiosa”.

“O presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e acredita que essa denúncia não se sustentará devido à sua fragilidade, incoerência e à ausência de fatos verídicos que a respaldem no Judiciário.”

Além do ex-presidente, outras 33 pessoas foram denunciadas por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça ao patrimônio da União, além da deterioração de patrimônio tombado. Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia, esses indivíduos se tornarão réus em uma ação penal.

Leia a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro:

A defesa do Presidente Jair Bolsonaro recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado.

O Presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam.

A despeito dos quase dois anos de investigações – período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos -, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado.

Não há qualquer mensagem do Presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais.

A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa.

O Presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá por sua precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário.


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